Programa
"Novas Oportunidades" vai continuar na Madeira
16/05/2012
O
secretário da Educação e dos Recursos Humanos da Madeira, Jaime Freitas, reiterou, esta quarta-feira, que o programa Novas
Oportunidades "é para continuar" na região, considerando não haver
razões para abandonar este projeto.
"Novas
Oportunidades vão continuar a existir e a funcionar como têm existido na
região, sem haver qualquer redução", afirmou Jaime Freitas.
Aos
jornalistas, na Assembleia Legislativa da Madeira, no Funchal, onde esteve na
iniciativa Parlamento Jovem Regional, o governante salientou: "O programa
de Novas Oportunidades é, particularmente, apoiado nos Centros de
Reconhecimento e Validação de Competências, como têm estado a funcionar, são um
instrumento importante na política do Governo Regional no sentido de fazermos
um combate ao insucesso escolar e ao abandono escolar".
"Não
vejo que hajam razões para se abandonar esse projeto,
é para continuar", declarou Jaime Freitas que, em janeiro, já tinha
garantido a continuidade do programa Novas Oportunidades, frisando que os
centros, que definiu como "um ensino de segunda oportunidade", não
corriam o risco de fechar na região.
Na
segunda-feira, a agência governamental que gere os centros Novas Oportunidades
revelou que encerraram 97 daquelas unidades desde novembro, mantendo-se
a funcionar 302 pelo menos até agosto.
Num
comunicado emitido depois de críticas de partidos políticos e de estruturas
sindicais, a Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional
(ANQEP) confirma o encerramento, mas recusa que tenha decidido encerrar
qualquer Centro Novas Oportunidades (CNO).
Os
97 centros, 49 dos quais promovidos por escolas públicas, "não reuniram as
condições necessárias para a obtenção de financiamento", pelo que tiveram,
eles próprios, que optar pelo encerramento, de acordo com a nota do organismo
tutelado pelo Ministério da Educação e Ciência.
Em
dezembro passado, a ANQEP decidiu apoiar 70% dos centros então existentes,
deixando aos restantes a possibilidade de conseguirem receitas próprias para
continuarem a funcionar ou, caso contrário, encerrarem, pedindo a sua extinção
à Agência.
O
comunicado não refere quantas pessoas que trabalhavam nas unidades que
encerraram vão ficar desempregadas, mas uma organização representativa do setor
aponta para 250.
As
três centenas de centros que continuam a funcionar têm apoio garantido até
agosto, desconhecendo-se o que vai ocorrer depois dessa altura, segundo os
sindicatos, que temem que possam ocorrer mais encerramentos e mais despedimentos.
A
página na Internet da ANQEP informa que a iniciativa Novas oportunidades chegou
a funcionar com 425 centros cujas equipas técnico-pedagógicas
empregavam um total de 7.572 pessoas.
O
projeto, criado em dezembro de 2005, tem por objetivo dar formação até ao 12.º
ano a pessoas que abandonaram anteriormente a escola.
Fonte:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/interior.aspx?content_id=2526333&page=1